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A implantação do sistema de tratamento de esgoto da região das praias em São Francisco Sul vai mudar a realidade de um dos principais cartões postais da região e colocar a cidade em posição de destaque, se comparado com outros municípios do Brasil. Atualmente, quase 100 milhões de brasileiros ainda não contam com sistema de tratamento e apenas 46% dos esgotos coletados no país são tratados, como mostra a mais recente pesquisa do Instituto Trata Brasil. A população total da Região Sul, de acordo com estimativa de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de cerca de 29,6 milhões de habitantes. Deste total, apenas 45,17% conta com coleta de esgoto.
Com a implantação do sistema, todo o volume in natura que hoje é despejado nos rios e praias da cidade – mais de 5 milhões de litros por dia em baixa temporada e mais de 10 milhões durante o verão – terão a destinação e tratamento corretos. Se levado em consideração o tamanho populacional de São Francisco do Sul (cerca de 50 mil habitantes), o investimento que a concessionária está fazendo é de extrema relevância para a saúde da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada R$ 1 investido em saneamento gera economia de R$ 4 na saúde.
Ainda segundo os indicadores do Trata Brasil, mais de 50% dos investimentos no setor estão concentrados em apenas 100 grandes cidades, embora o Brasil tenha 5.570 municípios. Devido a falta de saneamento básico e educação sanitária, grande parte da população tende a lançar os dejetos diretamente sobre o solo, criando, desse modo, situações favoráveis à transmissão de doenças. Sob o aspecto sanitário, o destino adequado dos dejetos humanos visa, fundamentalmente, o controle e a prevenção de doenças.
Reginalva Mureb, presidente da Águas de São Francisco do Sul, explica que a implantação do sistema de esgoto na região das praias corresponde à primeira etapa de um amplo projeto que visa levar mais qualidade de vida e saúde para a cidade. A concepção total do sistema para São Francisco do Sul abrange quatro estações: a do Majorca, para tratar da região das praias; uma para a região central; uma para o Ervino; e outra para a Vila da Glória. “Com a coleta e tratamento de esgoto, a cidade vai oferecer mais qualidade de vida, saúde, dignidade, valorização imobiliária, desenvolvimento da cidade, incremento ao turismo e inclusão social à população, além de preservar o meio ambiente”, conclui.